VEREADOR FAZ VISTORIA NA RODOVIA MARECHAL RONDON E APONTA IRREGULARIDADES
Semanas se passaram desde que o Jornal Oalerta publicou matéria denunciando as precárias condições em que ficou o trevo da ponte sobre o Rio Sorocaba, em Laranjal Paulista, após a realização de reforma naquele local, sendo que a única providência tomada pela Concessionária até o momento foi a instalação de sinalização refletiva no asfalto, tipo “olho de gato”.
Na realidade, naquela oportunidade a Assessoria de Imprensa da Concessionária enviou uma nota de poucas linhas para o Jornal O alerta, informando que as obras ainda não tinham sido concluídas, razão pela qual o trevo se encontrava sem a devida sinalização, o que, por si só já chama a atenção, de forma negativa, pois, se não está acabado, como está liberado para o tráfego intenso de veículos que por ali passam, sem que tivessem sido colocados placas e cones de advertência para os motoristas, como é usual e necessário em rodovias que se encontram em obras?
Há que se ressaltar que a situação é ainda pior durante a noite e, tendo sido frequentes as reclamações de pessoas que passam pelo local, inclusive com várias manifestações nas redes sociais, sem que a Concessionária tenha vindo a público para se manifestar, e muito menos para fazer o que tem que ser feito no local, com a máxima urgência, sinalizar adequadamente.
Por essas razões o Vereador laranjalense, Vicente Di Santi Filho (PV), fez na manhã desta quarta-feira, 21, uma vistoria no local, pois, pretende reivindicar da Concessionária as providências que, a seu ver, tem sido negligenciadas e colocam em risco a vida dos motoristas que trafegam pela Rodovia Marechal Rondon, passando por Laranjal Paulista.
Segundo Vicentinho, além desses aspectos, são visíveis as diferenças existentes nas obras realizadas nos trevos de Laranjal Paulista e de cidades como Tietê e Cerquilho, muito melhor cuidados e realizados com acentuadas diferenças de engenharia e arquitetura, o que certamente tornaram as obras feitas em Laranjal Paulista muito mais econômicas. Estaria aí algum tipo de subestima com relação ao potencial industrial e de crescimento do nosso município? - pergunta o Vereador.
Vicentinho comentou as mudanças que estão sendo realizadas na saída da rodovia Marechal Rondon, que fica bem na cabeceira da ponte sobre o Rio Sorocaba, sentido de quem vem de Jumirim. Essas mudanças, além de não fomentarem o crescimento de empresas em seu entorno, deixam o local tão perigoso quanto era, pois, os caminhões e carretas que necessitam entrar na rodovia, para rumar sentido Jumirim, ou terão que fazer a conversão para a direita e o retorno no trevo, ou farão a conversão ali mesmo, atravessando a pista, disse o vereador.
Ou seja, as melhorias a serem alcançadas com tal reforma parecem bem pequenas, e somente favorecem na saída da rodovia para acesso ao bairro, resultando ainda, em um barranco bem acentuado, que ainda encontra-se sem guardrail (defensa metálica), ou algum tipo de proteção, o que também pode vir a causar acidentes.
Comparando-se essa obra com aquela que está sendo realizada em Tietê, é impossível não fazer comparações, continua o vereador. Em Tietê, no trevo que está sendo construído pela Concessionária Rodovia das Colinas, pouco adiante ao Posto da Polícia Rodoviária no sentido a Piracicaba, os veículos passarão por baixo da rodovia. Aqui, segundo informações extra-oficiais, também deveria ser assim, mas, no percurso da obra o projeto foi drasticamente alterado.
Não dá para esquecer também das reformas, ampliações e duplicações de pistas feitas em Cerquilho e em Tietê nos últimos anos. Em Cerquilho, quando a Rodovia Antonio Romano Schincariol foi recuperada e duplicada, foram construídas três pontes e duas passarelas para pedestres. Em Tietê, outras três pontes e duas passagens subterrâneas, sendo uma ainda em construção. Aqui em Laranjal Paulista, há quanto tempo vem sendo pedida a instalação uma passarela na Vila Zalla? E mais, quantos já foram os acidentes com mortes no Trevo do Bidico, sem que se tenha dado uma solução para aquele local?
Então, nos perguntamos: Qual é a diferença? O que faz com que haja tanta disparidade nas obras realizadas pelas Concessionárias? - questiona Vicentinho. Evidentemente tratam-se de Concessionárias distintas, mas o que muda? A vontade política dos municípios, com a união entre os Poderes e o empresariado, ou os contratos firmados com cada concessionária e o Governo do Estado? Será que nosso município é visto com tão baixas possibilidades de desenvolvimento que não vale a pena aqui investir?
Seja como for, finaliza o Vereador, fica aqui o nosso protesto e a nossa indignação, pois é certo que não é isso o que queremos para nossa cidade.
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